O Joãozinho era um mala sem alça, aprontava pacas, mas de burro não tinha nada. Um dia ele estava lá na sala de aula, ocupado com seus afazeres diários como conversar, jogar bolinha de papel soprando o tubo da caneta e pregar papéis com a frase "me chute" nas costas dos colegas quando a professora chama:
- Venha até aqui, na frente do quadro.
Ele vai, resignado. A professora olha bem pra ele e diz:
- Escrevi na lousa a conjugação do verbo "Confiar". Leia em voz alta para a turma.
Joãozinho enche o peito e diz, de um só fôlego:
- Eu confio, tu confias, ele confia, nós confiamos, vós confiais, eles confiam.
Depois fica com o olhar triste, perdido, mergulhado em seus pensamentos. A professora pergunta o que foi e ele responde:
- Que bando de ingênuos, não?
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