Músicos e produtores culturais usaram a rede social Facebook para demonstrar a indignação quanto à programação do XVIII Arraial São João da Parnaíba. A Prefeitura anunciou as atrações que deverão se apresentar no palco principal da Praça Mandu Ladino entre os dias 27 e 30 de junho do corrente ano. A revolta diz respeito à exclusão de artistas parnaibanos dentro da programação.
A Lei Municipal nº 2.277 de 31 de outubro de 2006, estabelece obrigatoriedade de apresentação de bandas locais em shows realizados no município de Parnaíba. O parágrafo único do Art. 2º dessa Lei dispõe que, a não contratação de artista local para o evento no município pode ensejar no cancelamento do evento. Porém, a programação divulgada demonstra um total descumprimento à lei.
Um produtor cultural do município demonstrou descontentamento e apresentou números em sua rede social. Confira o desabafo:
Além disso, outros como uma artista parnaibana também falou sobre a desvalorização quanto a categoria e disse que os motivos pela sua não contratação trata-se de perseguição política.
O fato também foi denunciado por outras pessoas nas redes sociais que questionaram o porquê dos parnaibanos terem sido esquecidos nesse festival junino.
A falta de valorização dos artistas locais não foi por falta de dinheiro, já que outras bandas receberão valores bem acima dos cachês cobrados pelos músicos da cidade. No Diário Oficial da Prefeitura de Parnaíba foi publicado o Extrato de Contrato Nº 621/2017, que traz a contratação de uma empresa especializada em apresentações artísticas com bandas e grupos culturais durante o São João da Parnaíba de 2017.
Além desse, no Portal da Transparência também foi publicado o empenho de Nº 616020, que traz a contratação de bandas para a realização do XVII São João da Parnaíba 2017 no período de 27 a 30 de junho.
É curioso o fato do superintendente municipal de cultura fazer parte da classe e não buscar a valorização dos músicos da cidade. Por ser cantor, Téofilo Lima deveria priorizar os artistas e as produções parnaibanas. Mas, na realidade isso não tem acontecido. Exemplo forte foi o carnaval, onde alguns grupos ainda não receberam o cachê acertado pela gestão municipal.
Por Tacyane Machado
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