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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

INSOLVÊNCIA DOS ESTADOS

Rafael Fonteles: O Piaui pode fechar o exercício fiscal de 2016 com deficit perto de meio bilhão de reais

Rafael Fonteles (Fazenda) calcula em R$ 400 milhões o déficit corrente do Piauí no final do exercício fiscal de 2016. É uma conta ainda a ser fechada, porque pode chegar a meio bilhão de reais. É uma tragédia? Nem tanto. Há de qualquer maneira um controle sobre as contas públicas, cujo desequilíbrio no caso do Piauí decorre em boa parte dos desajustes da economia. Na semana passada, a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou o ranking com a saúde financeira dos Estados, com notas de A a D (variando em mais ou menos para cada nível). Essas notas apontam capacidade de pagamento, endividamento e comprometimento das receitas com pagamento de pessoal. O Piauí teve nota C+, a mesma do Rio Grande do Norte e Sergipe, por exemplo. Isso significa que há menor risco nas finanças estaduais daqui que as de Estados como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, com nota D desde maio, quando essa lista começou a ser feita. Ocorre é que como as condições de melhorar a arrecadação se deterioram com a economia em frangalhos, a alternativa que resta é a de cortar gastos – tarefa difícil para a maioria dos governadores, que estão assim como dependentes químicos: criaram tantos mecanismos para ampliar gastos fixos que agora não têm como cortá-los sem causar revoltas generalizadas. O aumento de gastos com pessoal nos Estado, muito, mas muito acima da inflação, está agora cobrando a conta.
Por Arimatéia Azevedo

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