DEU NO PORTAL AZ: Agespisa e o SPC

A companhia de saneamento do Estado do Piauí (Agespisa) é uma empresa zumbi: caminha, mas está morta. Porém, aqui e acolá há aspasmos que evidenciam a chance de uma recuperação do cadáver autárquico. Há mais enganos que acertos na condução da empresa. Não de agora. Há pelo menos duas décadas a Agespisa é levada aos trancos e barrancos, sem que haja um real interesse em tornar a empresa fornecedora de um serviço essencial com capacidade de dar lucro, pois vende algo que não se pode prescindir e está sozinha no mercado para cumprir essa missão. Ocorre é que os modelos que se apresentam para a viabilização dos serviços explorados pela companhia mais ajudam os gatos gordos que sempre se aproveitaram da Agespisa e muito menos ou de jeito nenhum o distinto público pagante. Agora, dentro das incontáveis tentativas esporádicas, descoordenadas e divorciadas de um planejamento de longo prazo para recuperar a empresa, eis que a Agespisa se lança em uma tentativa de recuperar créditos não pagos. A conta em Teresina é de R$ 265 milhões de faturas vencidas e não pagas. A companhia quer negativar os nomes de devedores em serviços de proteção ao crédito, para os quais abriu credenciamento, com prazo não determinado, “com a finalidade de incluir no seu banco de dados (registro de títulos ou dívidas não pagas), os clientes inadimplentes, pessoas físicas e jurídicas, a fim de proceder a negativação de crédito desses clientes junto às instituições financeiras e o comércio em geral”.