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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

MÁ EDUCAÇÃO

Por Arimatéia Azevedo (Portalaz)

Um dos sintomas de que uma sociedade está doente é quando a má educação se espalha como praga em todas as camadas sociais, econômicas, não poupando nem mesmo os que passaram por escolas de nível superior. Por má educação entenda-se não o correto uso de talheres à mesa, mas a deselegância da agressão gratuita às pessoas. Ultimamente, tem sido esse comportamento condenável uma recorrência potencializada pelas redes sociais e agravada pelo fato de que estratos sociais mais endinheirados se acham no direito da tratar com desdém todo o resto da sociedade. O recente episódio em que uma blogueira paranaense debocha de uma senadora do Piauí dá bem conta disso. A blogueira grava um vídeo em que trata uma senadora da República como um tipo de comportamento que há séculos foi abandonado nas democracias: uma separação social por castas. Nem sequer deu-se ao trabalho de buscar informações sobre a formação de quem tratou como analfabeta, em evidente preconceito, que nada mais é do que fazer juízo de valor de outro sem antes ter conhecimento de quem realmente esse outro é. Bem mais elegante e usando as próprias palavras da senadora piauiense, portou-se o vetusto e conservador New York Times, ao publicar de 31 de agosto duas passagens do discurso da senadora piauiense, uma delas bem a cara de deboche e preconceito da elite brasileira: “Você desafinou quando ousou ser eleita presidente da República, sendo mulher, de esquerda (...) sem um marido para posar ao seu lado para fotografias. (...) Você não cabe no modelito desenhado pela elite conservadora deste país”.
Regina Sousa citada pelo NYT: Dilma não cabe no modelito conservador.
Regina Sousa citada pelo NYT: Dilma não cabe no modelito conservador.

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