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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Advogado João Neto bate-boca com Procurador Frederico Viana

Na tarde desta quinta-feira (28), durante audiência da operação Zelotes, houve um bate-boca entre advogados e o Procurador da República, Frederico Paiva. Entre os advogados estava o piauiense João Alberto Soares Neto, que representa o réu Halysson Carvalho Silva, também piauiense.


Em entrevista ao GP1, o advogado João Neto relatou como tudo aconteceu. Segundo o advogado, no início da audiência, ele pediu para registrar que fosse registrado em ata que seu cliente não vai delatar e não tem o que delatar porque ele é inocente. "Estão tentando barganhar uma delação em troca de parecer favorável", contou.

João Neto explicou que fez o pedido, após Halysson relatar que o Procurador Frederico Viana o procurou para oferecer uma delação premiada: "Quando sentei na cadeira, o Halysson disse que teria sido peitado pelo Procurador Federal Frederico Viana dizendo 'vamos relatar, o parecer vai ser favorável', dando a entender que o parecer só seria favorável se ele delatasse".
Imagem: Lucas Dias/GP1

Advogado joão Neto(Imagem:Lucas Dias/GP1)Advogado joão Neto

"Ele não pode se reunir sem autorização e sem a presença do advogado e ainda propondo uma delação. Eu quis deixar registrado aos magistrados que estava havendo essas investidas, porque não tem provas para condenar e estão buscando a todo custo uma condenação através da delação", explicou.

Ainda de acordo com João Neto, assim que ele contou o que aconteceu, outros dois advogados disseram que seus clientes sofreram o mesmo que Halysson e que o Ministério Público e o delegado federal estão coagindo e tentando a qualquer custo a delação.

"Teve bate-boca, eu disse que ele [Procurador Frederico Viana] estava infringindo a ética ao se reunir sem a presença e autorização do advogado, ele retrucou dizendo que eu era antiético, foram cortados os microfones e depois os ânimos se acalmaram", finalizou.

Operação Zelotes

Deflagrada em março de 2015, a Zelotes investiga a suposta venda de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) por parte de conselheiros do órgão ligado ao Ministério da Fazenda e também o suposto pagamento de propina na edição de três medidas provisórias: 471 (de 2009), 512 (de 2010) e 627 (de 2013).

Por WANESSA GOMMES, DO GP1

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