Ontem (1º.dez.2015), enquanto ficava claro que o PT estava pronto para salvar Eduardo Cunha no Conselho de Ética, vários partidos já começavam a negociar a cooptação de congressistas petistas.
A Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, esperava receber a filiação de 8 a 10 deputados federais do PT. O senso comum no Congresso era o de que o PT iria desmilinguir após salvar Eduardo Cunha.
No Senado, 2 a 3 senadores do PT também estavam se preparando para deixar a sigla.
Diante desse possível cenário devastador, o PT não teve dúvidas. Em vez de barganhar mais um pouco com Eduardo Cunha e tentar manter a temperatura política controlada para proteger o mandato de Dilma Rousseff, o partido preferiu pensar na sua sobrevivência.
A lógica dos que foram a favor dessa estratégia do PT –a cúpula da legenda, a maioria dos congressistas e parte dos ministros de Estado– é que o o pedido de impeachment é inconsistente. Além disso, a oposição precisa arregimentar 342 votos na Câmara para aprovar o impedimento.
Os defensores de entrar em “guerra contra Eduardo Cunha'', como o Blog ouviu dentro do Palácio do Planalto de um ministro, concluíram que não seria mais sustentável para o governo continuar se submetendo à “chantagem'' de Eduardo Cunha.
Todos esses argumentos são respeitáveis, mas precisam se traduzir em apoio no Congresso, o que é impossível de saber se vai ocorrer nesta fase inicial do processo –sobretudo com uma presidente que tem apenas 10% de apoio popular ao seu mandato.
Fonte: uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário